Errar e errar novamente.

Letra traduzida de Gone Fishing - Chris Rea

Estou indo pescar

arranjei uma linha pra mim

nada que eu faça vai fazer diferença

então estou matando tempo

E você nunca vai ser feliz

de maneira nenhuma

então estou indo pescar

e eu estou indo hoje

Estou indo pescar

parece loucura, eu sei

eu não sei nada de pescaria

mas apenas me veja indo

e quando minha hora chegar

eu vou olhar pra trás e ver

paz na costa

que deveria ter sido eu

Você pode desperdiçar sua vida inteira

tentando ser

o que você acha que esperavam que você fosse

mas você nunca vai ser livre

Você também pode ir pescar...

'' Cinco minutos, este foi o tempo em que a tranquilidade permaneceu, após isso as lágrimas voltaram, lá fora, eles batiam insistentemente na porta, mas depois desistiram, já que nenhuma resposta fora dada... ''

Ah, como eu odeio melancolia, mas como todos temos momentos melancólicos, alguns tem uma vida toda... Espero que não dure muito.

Última semana de ''férias'', semana que vem volta a rotina, de ir para Irapuru às 17 h, pegar o ônibus lá e chegar na Unoeste em Presidente Prudente. Ficar esperando o ''Jabatur'' até às 23 hs no meio do nada, num lugar inóspito, cheio de animais selvagens, conseguir chegar viva em Buracuru, ops, Irapuru e enfim chegar à 00:30 hs na estimada Pacaembu. Ai eu quero me mudar para Prudente ou Americana, ou qualquer outro lugar longe daqui : (

Já se passou um ano da universidade, um ano onde muitas coisas aconteceram, boas e ruins...

Confesso que há um ano minhas expectativas eram outras, há um ano estava prestes a me mudar para São Paulo e fazer geografia - bacharelado-, mas como a Sra. Ivone me impediu e como infelizmente ela ainda ''me sustenta'', tive que adiar esses planos, porque sobreviver do Jornalismo aqui é algo impossível, resolvi fazer Jornalismo que era minha terceira opção de curso e resolvi voltar a morar com meus avôs, pelo menos aqui é ''mais tranquilo''. Eu gosto de fazer Jornalismo - na maioria das vezes -, morar em Pacaembu e alguns problemas familiares me desanimam, mas aprendi tantas coisas neste um ano, conheci algumas pessoas que hoje me são especiais, alguma dessas, não queria ter conhecido, conheci pessoas desagradáveis, mas espetaculares, comecei a trabalhar no jornal... sai do jornal, alias os curiosos de Pacaembu, quando me veem na rua me perguntam qual o motivo de ter deixado esse grande trabalho - como se eu devesse satisfações a eles, não dou nem pra minha mãe -, foram vários...Ficar perdendo aulas na universidade para terminar matérias, acordar às 5hs, algumas vezes até às 4hs da madrugada para terminar matérias, ter o Mauro como chefe e ganhar um mísero salário...não era para mim no momento, espero que daqui pra frente as coisas melhorem. D:

Apesar de que aprendi coisas relevantes no jornal, o Pacaembuense já está na minha vida e acho que tudo tem um lado bom e ruim ao mesmo tempo, no jornal tive a oportunidade de conhecer o ''Sebar'', um professor de comunicação social da Fai de Adamantina, um cara muito esperto, ele me disse coisas importantes para sobreviver neste meio insano, corrido, dinâmico e aventureiro que é o Jornalismo, só discordo de uma coisa que ele me disse, ele disse que não acredita mais ''nesse negócio'' de mudar as pessoas e o mundo. Quando eu não acreditar mais que tudo pode mudar, as pessoas, o lugar em que vivemos... aí sim desistirei do Jornalismo, não só dele, como da vida em geral.

Mas aos 17 anos, era uma pessoa mais ''boba'' e bem mais iludida com tudo e todos, hoje posso dizer que sou uma pessoa mais realista e paciente, não muito, ainda faltam alguns pontos... preciso deixar o sentimentalismo amoroso de lado.

Apesar de que nesta mesma época do ano passado, começava aquilo que chamo de ''fase tensa'' da minha vida, são poucas as pessoas que sabem da história toda, mas ela ainda reflete um pouco em mim, mesmo tendo sido pior do que bom, há um ano conhecia um tal Zuppo, não odeio, nem desejo nenhum mal, muito pelo contrario, espero que ele seja feliz, afinal o erro foi todo meu, esperar que as outras pessoas façam o que você quer, não é a solução e percebi isso, tarde, mas percebi.

E hoje já não me lamento pelo que fiz de errado, hoje busco soluções para o que fiz ou para o que eu vier a fazer de errado, recentemente andei cometendo alguns erros parecidos, mas é normal errar e errar novamente, até escrevi ''eu odeio o amor'', mas como havia citado, podia não ser um amor, como tenho quase a certeza que não é já fiz o erro, agora não importa mais, eu quero a minha felicidade, só eu posso consegui - lá, espero que ele consiga a dele também.

PS: Estou com ciúmes, com dor, melancólica... então algumas coisas escritas podem ser passageiras.