segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nada.

Já não procuro mais saber
o motivo que me trouxe aqui
milhas e milhas erradas
vou caminhando rumo ao nada
chegando cada vez mais perto
o meu futuro é incerto

a vida mostra os caminhos
e você precisa escolhe-los sozinho
eu nunca soube viver
de acordo com o certo
vivendo um destino incerto
não há um rumo certo a seguir
uma sequência de escolhas erradas
uma vida inteira resumida a nada

buscando uma razão para ficar
e tentando encontrar
um caminho, um rumo certo
chegando cada vez mais perto

a vida mostra os caminhos
e você precisa escolhe-los sozinho
eu nunca soube viver
de acordo com o certo
vivendo um destino incerto
não há um rumo certo a seguir
uma sequência de escolhas erradas
uma vida inteira resumida a nada

Eu não lembro quem foi que me mandou essa música, sei que estava fazendo uma ''limpeza geral'' no meu note, msn, orkut e cia, quando achei ela e até que me cai bem no momento.


Mais um dia em que não dormi, na verdade dormi acho que 3 horas. :x
Não sei, desde semana passada, não estou muito bem psicologicamente, e depois do acidente isso piorou.
Aquela sensação de algo ruim vai acontecer, uma agonia toma conta de mim, e para piorar descobri que um sentimento que pensava que havia sumido volta à tona.
Andei pensando sobre mim e os outros, sobre daqui até o final do ano e a conclusão que cheguei não é muito agradável. Posso até arriscar a dizer que um certo pânico paira no ar, uma crescente confusão.

Geralmente essa minha ''intuição'' não falha, toda vez que tenho essa sensação, algo muito desagradável realmente acontece no dia ou na semana, agora não posso fazer nada, só observar. Mas pressinto que farei coisas inesperadas, tomarei decisões erradas, agirei impulsivamente...definitivamente vou caminhando rumo ao nada.

UFO - I'm a Loser

Ah e não ligue caso eu não venha a ''conversar, a rir...'', desânimo...eu me canso rápido e facilmente das coisas e das pessoas, salvo algumas exceções, ''canso'' não é a palavra certa, acho que busco algo que não sei o que é, mas não confunda, isso não significa que não goste mais, sou uma idiota.

sábado, 28 de agosto de 2010

Faz bem.


O Morphine teve um final trágico. Mark Sandman, teve um ataque do fulminante do coração enquanto se apresentava em uma cidade da Itália, em 1999. Mas apesar disso o som soa como algo tranquilizador e ''quente'', que te envolve.
Morphine foi uma banda formada pelo vocalista e baixista Mark Sandman, o saxofonista Dana Colley e o baterista Billy Conway em Cambridge, Massachussets, EUA, no ano de 1989. A banda combinou elementos do jazz e do blues com arranjos tradicionais do rock, gerando um estilo próprio de música, na medida em que não contava com um guitarrista e o baixo de Mark Sandman possuía, na maior parte das apresentações, apenas duas cordas.





Tenho certeza (ou não) de que você nunca ouviu algo parecido com o Morphine/Mark Sandman, foi a junção perfeita do jazz, blues e rock.
***
Foi em 2006 que comecei a assistir Hunter x Hunter e desde então considero HxH o melhor anime/mangá de todos. :D


Hunter x Hunter conta a história de Gon, Leorio, Kurapika e Killua, que se encontram quando iam fazer o exame para se tornar um Hunter, um exame difícil com provas sobre-humanas com o objetivo de verificar se o examinado realmente é apto para se tornar um Hunter. Na sequência são mostrados os encontros e desencontros dos quatro amigos enquanto o autor mostra um pouco mais do imenso mundo que ele próprio criou, misturando RPG, Aventura e Ação e sem contar que HxH é muito engraçado.


Hunter x Hunter se divide nas seguintes sagas:
Exame Hunter - Família Zoaldyeck - Arena Celestial - York Shin (Genei Ryodan) - Greed Island - Chimera Ants.


O anime vai até a saga Greed Island, o mangá ainda não terminou e está na saga Chimera Ants, já que o autor Yoshihiro Togashi faz longas pausas entre as publicações, devido ao fato de estar sofrendo de uma doença (ou não), o que fez os lançamentos dos capítulos do mangá serem ainda mais esporádicos. De janeiro a maio deste ano, o mangá estava sendo publicado semanalmente, mas o autor informou que entrou de férias e o mangá entrou em hiato novamente. Não há previsão de retorno do mangá. D:


Mas espero que Togashi termine ainda este ano a saga Chimera Ants, e dê uma continuidade ao mangá, ainda há muita coisa para ser resolvida como:

Gon encontrar Ging
Kurapika exterminar todo o Genei Ryodan e recuperar os olhos escarlates
Killua herdar a liderança da família Zaoldyeck
Luta entre Gon e Hisoka
Leorio se tornar médico (secundário)
Kuroro ter o nen de Kurapika removido e enfrentar Hisoka
Alluka ser encontrado (Kalluto no Genei Ryodan)

A Desciclopédia tem uma artigo muito confiável sobre HxH:


Acho que quase todas as pessoas quando não se encontram bem, seja fisicamente ou psicologicamente, acabam se apegando instintivamente a algo ou alguém, alguns se apegam as pessoas que lhe fazem bem, outros se apegam a eles mesmos, alguns a bens materiais, etc.. enfim descobri que para enfrentar certas situações também apego-me a algumas coisas, Morphine/Mark Sandman e Hunter x Hunter, foram só algumas das coisas que me fazem bem, e com isso vou seguindo...


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Em segundos.

Desisto de tentar dormir, as imagens, os fatos, não saem da minha cabeça, o sangue e a terra misturados, o grito, a dor, a multidão olhando com as mãos na boca...
Ontem por volta das 22:20h, Bia e eu estávamos saindo da faculdade e sempre passamos por uma rua movimentada nesta hora, foi quando presenciamos um acidente entre uma moto e um pedestre, não só presenciamos, como era nós duas que estávamos próximas ao acidente..., em questão de segundos ouço um forte barulho e quando olho pra atrás, cerca de 20m, vejo uma moto no chão e um cara caído e no outro lado da rua, vejo no canteiro um corpo estendido, sem pensar, eu vou correndo até esse corpo, começo a chamar pelo senhor caído, vejo que está vivo, olho de novo pra atrás e percebo que o motoqueiro se levanta e eu sem saber se vou ver se ele está bem ou se fico com o senhor atropelado, começo a gritar pedindo para que alguém ligue para uma ambulância, Bia diz que já estava ligando, mais pessoas chegam para ajudar. Então pergunto para o motoqueiro se ele está bem e peço para ele se acalme, volto a atenção para o senhor que está consciente, mas totalmente desesperado, olho pra perna dele e vejo que tem uma fratura exposta, braço quebrado, um ferimento cabeça, por um momento percebo que meu corpo inteiro estava tremendo, mas pelo menos ali conseguir manter a calma até a ambulância chegar, coisa que aconteceu uns 10 minutos depois, mas foram 10 minutos angustiantes na qual eu não sabia mais o que fazer, o que falar para tentar acalmar o senhor caído, ele dizendo a toda hora que ia morrer, que sua vida estava acabada...Enquanto os para-médicos faziam o trabalho, vejo que o Vítor e o Igor que vão no ônibus comigo e que também fazem jornalismo, estavam lá, o Vítor tentava ligar para a polícia, que só chegou meia hora depois, havia percebido que a Bia tinha sumido, quando volto a vê-la, ela estava em estado de choque, chorando, tremendo, eu não sabia o que fazer!
A única coisa que pensei em perguntar para o senhor, era se ele tinha algum parente em Prudente, mas ele não tinha ninguém, era um caminhoneiro do MS.
Depois que a ambulância levou o senhor, o Igor dá a ideia de fazermos uma matéria para enviar no site GN, afinal jornalista que se preze, não perde a notícia nunca! http://www.gruponoticia.com.br/view/?id=26344
A única coisa que anotei foi o nome e telefone do motoqueiro, hoje faremos nossa matéria, colheremos mais informações, tentaremos descobrir o nome do senhor atropelado e como está seu estado e ''cutucaremos'' a questão do policiamento do bairro, que é precário.
Não sei quem estava certo ou errado, mas espero que os envolvidos no acidente fiquem bem, nunca vi um acidente desse tipo e essa foi uma experiência que não quero mais passar, nunca mais!, só de lembrar de tudo já me sinto mal, certamente isso ainda vai mexer comigo pelos próximos dias, espero que eu também fique bem.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ler para me conhecer.

Nem lembro mais onde vi esse questionário, mas gostei e resolvi fazer.

1. Livro que mais gosta.

Difícil, mas fico com Servidão Humana - No centro da trama deste romance está Philip Carey, estudante de medicina que, por ser manco, é rejeitado pela sociedade. Ao lado dele surge a sedutora Mildred, que desafia o orgulho intelectual de Philip. Para conquistá-la, ele se sujeita à forma mais vil de escravidão: a renúncia à própria dignidade.O livro também aborda outras temáticas como religião, a própria fé em si, simplesmente mudou a meu modo de ver as coisas, lembro muito bem da primeira vez que li ele, tinha 14 anos e ainda me marca bastante, há um ''certo ritual'', não sei, mas todo ano eu leio ele novamente.



2. Livro que assistiu primeiro o filme dele.


Ah me lembro muito bem, esse é fácil, foi O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, quando eu vi o trailer do filme, pirei, tanto que assisti um dia depois no cinema, ai resolvi procurar e tal, só depois fiquei sabendo da existência de Tolkien e que era baseado num livro, a partir daí, li primeiro ''As Duas Torres'' e ''O Retorno do Rei'', antes de assistir os filmes.

3. Livro de alguém que conhece.




Ah tem o livro ''O Filho Eterno'' do Cristovão Tezza, um ótimo escritor que mora em Curitiba que veio visitar Pacaembu num projeto que estava acontecendo aqui, bom, fiquei cara a cara com ele, até o entrevistei na época que trabalhava no jornal, recomendo ler, se não me engano em 2012 será lançado um filme baseado neste livro.




4. O primeiro livro que leu.

Não lembro, creio que não foi o primeiro, mas ''A Torre Proibida'' foi o ponta pé inicial para minha vida de leitora assídua, o livro é muito bom e louco, conta a história de quatro pessoas que desafiam o poder dos círculos da matriz - fanáticos que protegiam esses poderes para que o planeta do sol vermelho não pudesse cair sob a influência dos materialistas terráqueos.



5. Livro que marcou sua infância.

Acho que foi ''Pai, me compra um amigo?'' Devia ter uns 11 ou 12 anos, aqui na casa da minha vó, tem o quarto da bagunça, e vira e mexe fico procurando algo de interessante por lá, em uma dessas minhas buscas encontrei esse livro, é a comovente história de Bebeto, um menino diferente que quer achar seu lugar no mundo. Mais que isso, quer ser aceito, compreendido, amado. Além destas dificuldades, mostra pais ausentes, colegas preconceitos. Apesar disso não há amargura no livro, ao contrário, mostra que sempre há uma chance de mudar. Bebeto deu um passo, os amigos, outro, os pais, outro, de modo que todos puderam mostrar sua sensibilidade às questões alheias, trabalhar as relações humanas, a auto-estima, amadurecer, e crescer em todos os sentidos.

6. O primeiro livro que comprou.

Servidão Humana, quando eu li pela primeira vez, peguei ele na biblioteca da escola que estudava aqui em Pacaembu, aliás é uma ótima biblioteca, mas que infelizmente não é muito frequentada, aí em 2006 resolvi comprar ele num sebo lá de Americana.

7. Livro com um personagem com o qual se identifica muito.


Sem dúvidas é com a Alice e o Kalé de Os Estranhos, um dos últimos livros que li e com certeza o melhor depois de Servidão Humana, ''os estranhos'' conta os pontos de vistas dos dois personagens separadamente e depois sobre o ponto de vista de um terceiro, mostra a relação entre os dois tão diferentes e tão iguais, juntos, mas separados por barreiras psicológicas, a vida em sociedade é tão complicada e tão irreal para os dois, nunca chorei tanto lendo um livro como chorei neste, mas é muito bom, vale a pena ler, ah e também não poderia deixar o Philip Carey de Servidão humana de fora.




8. Livro com adaptação cinematográfica digna.


Ah que eu me lembre agora...nenhum, geralmente sempre acho que o livro é melhor do que o filme, mas talvez a trilogia do ''O Senhor dos Anéis'', foi fantástico, sem falar que ver o Elijah Wood, Viggo Mortensen, Orlando Bloom, David Wenham todos juntos, ah :D, Peter Jackson fez um bom trabalho.

9. Um livro cujo desfecho mudaria.

Esses dois livros são muitos bons, Skelling e Buracos, fiquei fascinada, mas o final poderia ter tomado outro rumo.


Depois de se mudar para uma nova casa, Michael descobre na sua velha garagem, o misterioso Skellig, que é um ser que é metade coruja, metade anjo. A vida de Michael vai mudar para sempre quando o Skellig salva a irmã dele, a quem tinha sido diagnosticada um problema de coração ao nascer.



Acusado de roubar um precioso par de tênis, Stanley Yelnats é condenado a ir para um reformatório, localizado no leito seco de um lago. Todos os dias, casa um dos internos é obrigado a escavar um imenso buraco na terra dura e seca, sob um sol de rachar. Stanley percebe que na verdade os chefes do reformatório buscam alguma coisa que deve estar enterrada por ali. As relações entre os internos, as dificuldades para conseguir água, as brigas pelo poder entre os meninos e entre os dirigentes se entrelaçam com a revelação de episódios envolvendo os antepassados de Stanley, de seu amigo Zero e dos habitantes do lugar, na época em que o lago ainda existia. Os fatos se encadeiam, explicando o azar que sempre perseguiu a família Yelnats e a acusação injusta a Stanley.



10. Livro que abalou algumas de suas crenças, valores e/ou ideais.

Outro livro de W. Somerset Maugham, mesmo autor de Servidão Humana, li O Fio da Navalha antes de ler Servidão Humana, mas também é um otimo livro, que fala sobre Larry Darnell, um jovem americano da alta burguesia que conhecera a morte nos campos de batalha da Primeira Guerra na Europa, volta para a cidade em que nascera (Chicago) em estado de choque. Abandona tudo, todos os confortos materiais, para buscar o sentido da vida. A ação transcorre entre os anos 20 e 40 em lugares tão díspares quanto Chicago, Paris, Marselha, Índia e ranchos no Texas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Eu não pertenço a nada.


Já peço perdão as poucas pessoas que considero... sei que ando meio chata e calada - na verdade sempre fui assim, vocês que não percebem :) -, mas não me sinto tão infeliz sabendo que tenho vocês! Na verdade eu deveria estar realmente infeliz, mas não sinto nada, há uma grande diferença entre o silêncio e a tristeza, e além do mais eu tenho coisinhas que me fazem bem, como HxH e um bom Rock and Roll. :D

Porém, sabe aqueles dias em que nada parece dar certo?, pensamos como seria bom se tudo fosse do jeito que queríamos.

Parece que você não reconhece o mundo em que vive e se sente tão desfocada de todos, é...me sinto assim nos últimos dias, ou talvez todos os meus 18 anos?

As vezes sinto que fiz parte de uma ninhada diferente das outras, e quando tive que voar, eu me afastei do ninho. Voei com outros pássaros sem saber para onde iria, mas sempre sabendo que não era o lugar certo.

As pessoas que conheço, sinto que não são as que deveria conhecer.
A família que tenho, sinto que não é a que deveria ter.
O lugar onde moro, sinto que não é meu.

Nada parece real, sinto que parece uma vida emprestada, entende?

Por que eu penso e faço coisas tão diferentes do que os outros? será que a normalidade é algo tão terrível assim?

Meu corpo é muito pequeno para minha alma.
Minha casa é muito pequena para meu corpo.
O mundo é muito pequeno para minhas ideias.

Queria estar no céu, voando, apenas.

domingo, 15 de agosto de 2010

Desapego ao sentido.

...portanto
acomode-se
deite o olhar sobre o que é sem ser de fato
deixe de procurar sentido
onde sempre quis
que a ilusão reinasse
deixe-se levar ao quarto
quinto
sexto
a todos os andares e andamentos
exorcizando o inquietante desejo
pela tradução.

Trecho do poema ''Tradução'' - Carla Dias

Saiu na crônica do dia:

Desapegos

''Desapegar-se é um processo que envolve dolências, ao menos para mim. Se durante muito tempo cultivei desejos, reverberei afeto por algum projeto ou pessoa, certamente assumir que é hora de deixar passar não é fácil. Entro no dial da catarse, do exorcismo que sempre é a contragosto.

Ao mesmo tempo, é esse meu desjeito para o desapego que vem garantindo que muitos dos meus relacionamentos, em todas as suas vertentes, não desabem por falta de paciência, que é a ciência da descoberta. Porque sei que não sou das pessoas mais fáceis de lidar, que não sei dizer o que escrevo. E nem todos aceitam a importância dos bilhetes.

Desapegar-se da tarde de Outubro de 1994, ou do palco mais feliz no qual já estive. Das orlas banhadas pelo mar das dezoito horas e tantos minutos. Da tempestade à mercê de conversa que não temia a fúria da natureza. Dos brincos de quando eu os arquitetava, do cartão da biblioteca precisando de segunda via. Do olhar marejado do moço, azul de um jeito que nem te conto. De momentos colecionados em fotografias.

Desapegar-se não é expulsar da lembrança, mas diminuir o poder dessa lembrança sobre quem somos no agora, colocando-a no lugar que lhe cabe: o passado. Tampouco é se desviar das importâncias que colecionamos vivendo as nossas rotinas.

Desapegar é permitir que as pessoas partam da gente sem que nos sintamos desistindo delas ou de nós mesmos. É abrir mão de planos nos quais despendemos tanto tempo e energia, mas aos quais jamais pertenceu a realização. E não domesticar as desculpas a ponto de torná-las calços de apegos que só fazem ocupar espaço na alma da gente. Espaços que deveriam pertencer ao que chega, ao que nos transforma.

Desapegar-se é como despir-se de alguns sonhos, desentranhar labirintos. Esvaziar-se de expectativas vãs para abrir as janelas de si e deixar que entre: a vida em movimento.''

Está tudo muito normal, preciso de algo novo, que não tenha sentido nenhum, mas preciso.